Para responder essa pergunta a arquiteta Miriam Sartori Rodrigues,
diretora do IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do
Estado do Rio Grande do Sul, acompanhada pela Arquiteta Marília da Lavra
Pinto, recebeu o presidente e cinco representantes do núcleo da Defender Vale do Sinos. A reunião aconteceu no
último dia 13, na sede do IPHAE, no Centro Administrativo em Porto
Alegre.
Sobre o município de Ivoti, foi discutido o tombamento do Salão
Holler, cujo processo foi iniciado em 2013. Frisou-se a importância
deste tombamento, que será o primeiro bem cultural na técnica enxaimel
relativo a imigração alemã tombado a nível estadual. Abordou-se a
questão da delimitação da área de entorno, ainda pendente. Apontou-se ao
IPHAE a existência de um estudo anterior realizado pelo IPHAN a
respeito do conjunto ali existente, bem como trabalhos acadêmicos que
poderão auxiliar na delimitação do entorno. Também em pauta o
procedimento adotado pelo IPHAE para avaliar as intervenções que
eventualmente possam ser solicitadas na edificação e entorno. Além do
Salão Holler, foi discutida a futura alteração do Plano Diretor, que até
então prevê prolongamento de vias sobre casas de técnica enxaimel.
Na sequência o assunto foi Parque Histórico Municipal Jorge Kuhn de
Picada Café, cujo processo de tombamento estadual foi iniciado em 2013.
Segundo o IPHAE-RS, ainda estão pendentes a realização do levantamento
topográfico do parque e o levantamento das espécies vegetais por um
biólogo. Foi abordada também a questão da legislação que protege o
patrimônio do município no que se refere também ao inventário de bens
culturais.
Sobre Novo Hamburgo a questão principal abordada foi o Corredor
Cultural da rua General Osório, ressaltando-se a importância da
complementação do estudo de inventário existente e ainda incompleto.
Solicitou-se o compromisso do IPHAE-RS no assessoramento do inventário
de patrimônio cultural que o município terá obrigação de finalizar
através de acordo com a Defesa Comunitária do Ministério Público. Foi
lembrado de um inventário licitado e parcialmente realizado de parte do
corredor cultural pela empresa Oscar Escher Arquitetos e Urbanistas, com
base nas fichas do IPHAN. Abordou-se também a completa ineficiência da
política de preservação em voga no município e a Comissão de Patrimônio
Cultural e Natural da cidade, que carece de legitimidade pela ausência
de representação da sociedade civil.
Além da situação atual foram discutidas e planejadas estratégias,
ações e medidas que devem nortear as ações da sociedade civil na defesa
do patrimônio nessas regiões e outras do Estado.
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